domingo, 13 de junho de 2010

12/06 7:18 am

(Foto: Zinga Bay, Outono 2010 - por Mounique Atherino)

Brisa brisante briseia em meus parabrisas. Vento ventante venteia em meus ventíolos. Fecho os olhos e respiro fundo. Sinto a atmosfera me envolver. Sinto o cheiro da maresia como um amante do vinho degusta seu cabernet. Admiro a praia como um amante da arte admira seus quadros. Me emociono vendo o sol nascer assim como le petit prince se emociona vendo seu botão de rosa florar. Olho ao redor. Areia, pedra, água, vegetação, conchas. Sem prédios, sem máquinas, sem humanos, sem robotização. E lá onde parece acabar o mundo vejo feixes de luz. E lá onde parece ser o fim vejo um novo começo. Neste azul terrestre interminável vejo diversidade vital. Neste azul celeste interminável vejo diversidade divina. Me sinto protegido de todos os ângulos. Me sinto satisfeito em todos os lugares. E mesmo quando for impossível eu vou tornar possível. Sonhar, acreditar, criar. A receita é simples e acompanha a cereja do topo. O ar é rarefeito para quem quer se sufocar. A areia é movediça para quem não sai do lugar. Quem tem boca vai a roma, quem tem pernas vai a lua, quem tem imaginação vai a marte. O ditado "se maomé não vai até a montanha a montanha vai até maomé" não se concretiza na vida real. Extraia forças para vencer. A amizade e a família são as colunas que sustentam este alicerce.
Sem mais nem menos aposento este lápis e papel e deixo aqui esta lacuna. Não quero concluir nada. Quero que o tempo preencha o que me falta.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Indefinidamente definido

Não sei o que é. Busco respostas. Mas nem nas profundezas do meu coração as encontro. Seja lá o que for quero me livrar, quero distância. Preciso de concentração. Preciso de foco. Abro meus poros para que eu possa absorver toda a positividade existente nesta galáxia. O mal se combate com o bem. Meu sangue é positivo, meu coração é positivo. A positividade corre em minhas veias. Ao som de John Frusciante os pensamentos vem à tona. Sinto meus olhos lacrimejarem. E no reflexo do lacrimejar de meus olhos sinto a esperança. Engulo o vazio. Um suspiro longo. Eu quero, eu quero, eu quero. Sim, eu quero respostas. Preciso urgentemente de uma injeção de ânimo. No meio deste tumulto perdi meus ideais.
Faz sol, os pássaros cantam, o mar brilha. É a mãe natureza me enviando um sinal. Num momento de surto olho para as nuvens e sua imagem se forma. E então ela me diz: meu filho, independente do que haja no mundo dos humanos você sempre será recebido com muito amor no meu mundo. Aqui tem tanto ar puro que não sobra espaço para as futilidades. Tudo aqui é simples, tudo aqui é harmônico, tudo aqui é intenso. O surto passa, volto para a realidade. Olho para o céu e agradeço.




segunda-feira, 7 de junho de 2010

O falso viver

(Foto: Rosas do Amor,
Joinville - por mim)

Eu? Assim como você eu sou ninguém. Por que? Porque vivemos num mundo de faz de conta, e se este mundo não é real nós não existimos. Se não existimos, não vivemos, apenas cremos na idéia de estar vivendo. Um mundo que desvaloriza os maiores valores da vida e agrega valores em coisas sem valor algum. Acho que a única coisa real existente neste planeta é a natureza. Olho pra ela e vejo vida.
Bom...pra falar a verdade eu sou
diferente de você. Eu vivo, não sou um ninguém. Viver, uma tarefa muito simples, porém poucos conseguem. A grande maioria vê, pensa e faz as coisas com a mente. Um erro. A mente infelizmente é extremamente difícil de ser manipulada da forma correta. A tendência é ela te proporcionar ganância e irracionalidade. A chave para conseguir viver está mais próxima do que você imagina. O nome desta chave chama-se coração. Este te abre portas para outros mundos. Mundos paralelos e esbanjadores de vida. Mundos em que os valores reais são reconhecidos. Fuja deste planeta, teletransporte-se para outras dimensões e seja feliz. Siga seu coração.